14 de junho de 2011

3 de junho de 2011

Parto

Nos últimos dias este assunto tem pairado sobre os meus pensamentos.
Não é que ter outro bebé esteja nos meus planos a curto prazo porque na realidade o que tenho ainda é mínimo e porque não posso. (como foi cesariana tenho de esperar cerca de 2 anos para ter o próximo.)
Seja o primeiro filho ou não, este é um assunto que preocupa todas as mulheres visto que todos os partos são diferentes.
Estive ainda durante algum tempo sem conseguir falar do meu, chorava sempre que abordava este assunto e ficava muito nervosa.
Tenho a certeza que o meu correu como correu porque foi induzido pois penso que se, se tivesse esperado mais uns dias tinha corrido tudo lindamente. Era escusado o J. ter entrado em sofrimento, bem como o meu marido e todos aqueles que nos rodeiam e que acompanharam todos os momentos. Eu não me apercebi de tudo, mas lembro-me de ter ficado muito muito nervosa. Felizmente, no final correu tudo bem. Eu fiquei bem e o J. ficou não bem. Não me hei-de esquecer nunca da primeira vez que o vi nem da felicidade estampada no rosto do meu marido quando nos viu.
Se no meu caso tudo correu bem, noutro caso que conheço o desfecho foi muito triste.
Uma gravidez muito complicada, esperaram até ao fim, foi parto normal e até aqui tudo aparentava ter corrido muito bem. Até que o bebé efectivamente nasce e todos se apercebem que algo não estava bem. O bebé acabou por falecer dois dias depois..Não resistiu ao furo que o cordão umbilical tinha sabe-se lá desde quando..
Na verdade, a gravidez pode ser santa (como a minha) ou complicada (como a deles), mas é no parto que maioria das vezes tudo se desenrola. É aqui que são tomadas muitas decisões certas ou erradas que podem determinar o futuro daquela mãe, daquele pai e daquela criança.
Dou graças a Deus por comigo ter corrido tudo bem. Ter um filho é algo inexplicável. Amo todos os momentos que passo com ele, é uma alegria imensa. O tempo que estarei em casa vai neste momento em metade..a mim só me apetecia ficar mais e mais. Só me apetece encher o filhote de beijinhos e abraços, conversar com ele e levá-lo a passear.
Não consigo imaginar a dor que aqueles pais sentem ao terem perdido aquele filho que era tão precioso para eles e que tantas complicações lhes trouxe.
O parto é mesmo um assunto delicado, delicado para o bebé, para a mãe e para o pai.
Só espero que este medo não nos assole num próximo filhote e que eles ganhem forças para continuar e para tentar mais uma vez.